Um estudo da Universidade californiana de Berkeley revela que uma
hora de sesta pode tornar as pessoas mais inteligentes, pois serve para
despejar a mente e melhorar a capacidade de aprendizagem.
Arquivo/AE
Uma hora de sesta ajuda a despejar a mente e melhorar a capacidade de aprendizagem
"O sono não só cura o mal-estar do cansaço prolongado mas, em nível
neurocognitivo, leva além de onde a pessoa estava antes de tirar uma
sesta", explica Mattew Walker, professor de psicologia nessa
universidade americana e principal autor da pesquisa.
A descoberta reforça a hipótese de que o sono facilita o
armazenamento da memória a curto prazo e permite espaço para novas
informações, assegura Walker, que apresentou neste domingo, 21, seu
estudo preliminar no encontro anual da Associação Americana para o
Avanço da Ciência (AAAS na sigla em inglês) em San Diego (Califórnia).
Para chegar a essa conclusão, os cientistas tomaram como amostra 39
adultos saudáveis, que foram divididos em dois grupos: os que tiram uma
sesta e os que não.
Durante um dia estas pessoas foram expostas a dois exercícios de
aprendizagem para colocar à prova o hipocampo, uma região do cérebro que
ajuda a armazenar memórias sobre eventos. Uma delas foi realizada ao
meio-dia, quando ainda os resultados obtidos por ambos os grupos não
foram muito díspares.
Às duas da tarde, apenas um dos grupos dormiu noventa minutos e em
seguida todos foram submetidos a uma segunda rodada de exercícios, onde
pôde se observar que os piores resultados correspondiam aos que não
tinham tirado a sesta.
Segundo Walker e sua equipe de pesquisadores, permanecer muitas horas
acordado leva a que nossa mente funcione a um ritmo mais lento.
Concretamente, passar a noite acordado faz cair em quase 40% a
capacidade para empreender novas atividades devido à paralisação de
algumas regiões do cérebro durante um período de falta de sono para a
pessoa.
A equipe de Walker se propôs agora averiguar se a redução do tempo de
sono com o avanço da idade está relacionada com a perda de capacidade
de aprendizagem que acontece conforme fazemos anos.
Descobrir se existe ou não conexão pode ser útil para entender como
acontecem os processos neurodegenerativos como a doença de Alzheimer,
segundo Walker.
Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias
Nenhum comentário:
Postar um comentário